Mais uma mentira do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, foi desmascarada nesta terça-feira (07/03/2023), no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O deputado Ulysses Gomes, líder do Bloco Democracia e Luta, levou à tribuna da Casa uma série de documentos que foram enviados pelo Governo de Minas Gerais à Secretaria do Tesouro Nacional.
A documentação foi enviada em novembro do ano passado com o intuito de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Na nota técnica, fica claro o plano do governo de Romeu Zema de não realizar, pelo período de dez anos, a recomposição salarial para os servidores, além de concursos públicos.
Comprovação
Os documentos que comprovam a intenção do governo do estado em aceitar essas contrapartidas foram obtidos pelos deputados que integram o Bloco Democracia e Luta. No dia 27/02, o grupo de parlamentares esteve em Brasília, quando se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
O grupo de parlamentares de Minas também se encontrou com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Uma das pautas abordadas pelos deputados na capital federal foi justamente o RRF. Isso porque o Governo de Minas Gerais nega informações ao Legislativo mineiro.
Durante a agenda, os deputados solicitaram que a União não autorizasse a recuperação fiscal nos moldes defendidos por Zema, justamente por entender que o plano atual pode gerar uma verdadeira falência dos serviços públicos que são oferecidos à população.
Documentos desmentem Zema
Na contramão do que apresenta ao Governo Federal para aderir ao RRF, aceitando as contrapartidas penosas ao estado, Romeu Zema falta com a verdade quando fala diretamente com a população sobre o plano. Ainda durante o período eleitoral, o governador foi enfático ao afirmar que o Regime não impediria a realização de concursos públicos e o reajuste do salário do funcionalismo. Os documentos comprovam exatamente o contrário do que prega o governador.
Em resposta a nota técnica enviada pelo Governo do Estado à Secretaria do Tesouro Nacional, o próprio secretário da época, Paulo Fontoura Valle, questionou a posição de Minas Gerais em se comprometer a não realizar reajuste salarial para o funcionalismo por 10 anos, já que há obrigatoriedades, como Piso Salarial do Magistério, por exemplo.
Sindicatos mobilizados
Após o pronunciamento na tribuna da ALMG, Ulysses Gomes se reuniu com dezenas de representantes de entidades sindicais de Minas Gerais para detalhar sobre a denúncia.
Estavam presentes SindUte, SindPúlicos, Sindicato dos Servidores da Justiça – Serjus/MG, Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil – Sindep/MG, Sindicato dos Fiscais Agropecuários e Fiscais Assistentes Agropecuários – Sindafa/MG, Associação dos Docentes da UEMG – Aduemg e Sindicato dos Servidores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação – Sinfazfisco/MG.