Discutir uma possível aliança para derrotar o governador Romeu Zema (Novo) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições 2022. Essa foi a pauta do encontro realizado nessa segunda-feira (07/02/2022), em Belo Horizonte. Participaram da reunião os presidentes do PT-MG, deputado estadual Cristiano Silveira; do PSB-MG, deputado federal Vilson da Fetaemg; do PCdoB-MG, Wadson Ribeiro; e do PV-MG, Osvander Valadão.
“O foco dessa aliança é eleger Lula presidente, dando a ele uma expressiva votação aqui em Minas, que é o segundo maior colégio eleitoral do país. Os partidos com os quais estamos dialogando aqui no estado e no cenário nacional tem essa compreensão. Se a federação for efetivada, todos os partidos estarão alinhados com esse objetivo”, disse Cristiano Silveira.
Nos próximos dias, os partidos devem se reunir outra vez para continuar as conversas, que devem levar em conta também uma possível aliança nacional. Com isso, caso seja formalizada a parceria, as legendas estarão juntas na campanha de Lula à Presidência.
Estratégia para Minas
Cristiano Silveira explica que o PT avalia as possibilidades de candidatura para o Governo de Minas. “O melhor caminho é que o nosso partido tenha candidatura própria contra Zema, ou um candidato aliado da federação. E também consideramos que é possível apoiarmos uma outra candidatura progressista que esteja alinhada com nossos objetivos de derrotar Bolsonaro e Zema”.
O presidente do PT-MG ressalta que vencer Zema em Minas é tão importante quanto derrotar Bolsonaro. “Zema representa a agenda neoliberal no estado, de sucateamento dos serviços públicos, de desvalorização dos nossos servidores, de privatizações, de entrega do patrimônio dos mineiros para a iniciativa privada. Temos que por um fim nisso. Por isso precisamos também de uma candidatura forte com um projeto de desenvolvimento para o nosso estado”.
Projetos para o Brasil
O líder da bancada do PT no Câmara dos Deputados, deputado federal Reginaldo Lopes, também participou da reunião. “Estamos fazendo um amplo debate com os partidos que são aliados tradicionais para discutirmos propostas de reconstrução de Minas e do Brasil. Mais do que disputar eleições, precisamos de projetos efetivos que possam tirar o país da crise. Propostas de geração de emprego e renda para que possamos voltar a crescer”, destacou.
Federação
No ano passado, o Congresso Nacional aprovou a possibilidade de formação de federação de legendas. Na prática, os partidos podem fazer alianças para formar chapas para as câmaras municipais, assembleias legislativas e à Câmara Federal.
Diferente das coligações que eram criadas apenas para as eleições, a federação tem a obrigação de se manter por no mínimo quatro anos. Caso uma federação seja formalizada, ela contará com um estatuto único, e uma direção central formada por membros dos partidos integrantes.