Inovação: Minas Gerais terá novos parques tecnológicos

Investimentos serão feitos em Belo Horizonte e em cidades do interior e buscam ampliar o surgimento de startups e empresas de bases tecnológicas.
2023-09-26 13:29:35
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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciaram, nesta terça-feira (29), a aprovação da suplementação de recursos concedida aos projetos do Edital Parques Tecnológicos, no valor de R$ 240 milhões para 19 parques tecnológicos.

O montante equivale a cerca de 80% do valor total destinado a todo o ano de 2022, de R$ 297 milhões. Oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), os recursos serão destinados à expansão e modernização de estruturas, além de implantação de hubs, com vistas ao surgimento de start ups e empresas de bases tecnológicas.

“Os parques são estruturas fundamentais para a criação de soluções tecnológicas que atendam às necessidades e demandas de desenvolvimento de determinadas regiões”, explicou a ministra Luciana Santos. “Entre os contemplados, vejo exemplos de estruturas voltadas para o arranjo produtivo marinho, outras para cadeia produtiva do leite, e todas elas aproximam o conhecimento científico dos desafios reais da sociedade e do País através da interação entre empresas e Instituições de Ciência e Tecnologia”, completou.

O montante irá atender 19 parques. Deles, 18 estão em operação (aqueles já em plena atividade, com empresas instaladas, equipe gestora e infraestrutura operacional consolidadas, que permitam seu funcionamento) e um em implantação (que integra um programa formal de desenvolvimento econômico regional e já tem iniciadas as obras de infraestrutura, construção ou reformas da sede e outros edifícios e possui estrutura gestora para sua implantação).

Durante o anúncio, o presidente da Finep, Celso Pansera, enalteceu a celeridade e empenho do governo para recompor o FNDCT. “Chegamos a um patamar de recursos do FNDCT que não tivemos anteriormente, de R$ 10 bilhões para a Ciência brasileira”, lembrou. “Os parques têm impacto grande onde estão instalados, com geração de emprego, novas empresas, empregabilidade para doutores, pós-doutores e mestres, têm um impacto lá na ponta”, completou.

Transformação digital

Ao longo do evento, a ministra defendeu ainda a inovação dentro da política de reindustrialização em novas bases tecnológicas. Reiterou que o MCTI incluiu, dentro do Novo PAC, um conjunto de medidas com vistas a ampliar a abrangência, a qualidade e a segurança da conectividade para educação e pesquisa.

Entre as ações, está o Programa Conecta e Capacita, que inclui investimentos de R$ 640 milhões até 2026 na implantação de infraestrutura óptica para expandir o acesso e a qualidade da internet nas atividades de educação e pesquisa. “É um investimento que considero fundamental para estimular o desenvolvimento de novas tecnologias e as parcerias entre os setores público e privado, além de contribuir para a qualificação de jovens no setor de TICs”, disse a ministra Luciana Santos.

Outra iniciativa destacada foi a recuperação e expansão da infraestrutura de pesquisa em universidades e Institutos de Ciência e Tecnologia por meio do Pró-Infra, com investimentos de R$ 4,4 milhões. “Nosso objetivo é apoiar programas estratégicos nacionais e o desenvolvimento industrial em áreas prioritárias, como a transformação digital”, comentou a ministra.

Parque Tecnológico de Belo Horizonte 

Criação do Centro de Inovação em Sustentabilidade para levar tecnologias, inovação e inteligência em sustentabilidade para empresas nascentes e consolidadas de setores estratégicos da economia.

Objetivos específicos:

  • Criar o espaço físico CIS para inovação aberta em sustentabilidade e interação com o ecossistema de inovação e setores estratégicos da economia;
  • Desenvolver e ofertar soluções em inovação e sustentabilidade para empresas de setores estratégicos da economia;
  • Interagir com organizações: FIEMG, Governo do Estado e Municipal, FAPEMIG e SEBRAE em projetos estratégicos de sustentabilidade;
  • Gerar startups em sustentabilidade através de programas de aceleração de startups em sustentabilidade e conexão com fundos de investimento;
  • Conectar com ICTs e sociedade: interação com redes de pesquisa em sustentabilidade e com a sociedade por meio de projetos na área de educação, popularização de ciência e inovação tecnológica.

Universidade Federal de Viçosa

Este projeto tem como objetivo geral a expansão do Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoPARQ) como um Soft Landing Hub para a criação, atração e consolidação de empreendimentos de base tecnológica, visando à promoção da inovação e do desenvolvimento econômico e social regional.

Para o cumprimento do objetivo geral, foram definidos os objetivos específicos:

  • Expandir o processo de atração de empresas e investimentos para o tecnoPARQ, contribuindo para a geração de renda e empregos de qualidade;
  • Fortalecer a base científica e tecnológica das empresas vinculadas;
  • Robustecer os mecanismos de criação de empresas de base tecnológica;
  • Aumentar a competitividade das empresas do tecnoPARQ, por meio de suporte à gestão e inovação;
  • Consolidar a imagem do Parque junto à comunidade como vetor de desenvolvimento socioeconômico;
  • Atrair startups e empresas internacionais para o ambiente do Parque e;
  • Ampliar a infraestrutura física e tecnológica do tecnoPARQ para viabilizar a instalação de novas empresas.

Universidade Federal de Lavras

Tornar o LAVRASTEC operante e referência nacional, firmando seu papel como um dos principais articuladores do ecossistema de inovação do Sul de Minas Gerais e atraindo assim novos empreendimentos e investimentos de base tecnológica fortalecendo a competitividade e a interação entre as empresas e o ecossistema de inovação regional.

Deste objetivo geral se desdobram objetivos específicos, a saber:

  • Iniciar a efetiva operação do LAVRASTEC;
  • Estruturar mecanismos geradores de receita visando a sustentabilidade do LAVRASTEC;
  • Estruturar Laboratórios tecnológicos para prestação de serviços especializados;
  • Estruturar um programa de incentivo à inovação e à interação entre empresas e ICTs tornando o ambiente da região do campo das vertentes mais competitivo;
  • Profissionalizar a gestão do LAVRASTEC;
  • Tornar o LAVRASTEC o principal articulador do ecossistema regional de inovação na região do Sul de Minas Gerais.

Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)