O Brasil chegou ao patamar de um milhão de automóveis vendidos até a primeira quinzena de junho, anunciou recentemente a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Esse foi o período mais curto para as vendas atingirem a marca desde 2019. O dado foi celebrado pelo presidente tanto nas redes sociais, onde considerou “mais uma boa notícia da economia real”, quanto na entrevista desta quarta-feira (26) ao UOL.
Lula festejou o resultado, fruto da atividade econômica e do aumento da renda, mas pontuou que é preciso avançar mais na expansão do setor. Na entrevista ao jornalista comparou a venda de carros no país quando estava em seu segundo mandato com o resultado dos últimos anos.
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Esse mês, eu vi no jornal: recorde de venda de carros no Brasil em maio deste ano. Já foram mais de 1 milhão de carros vendidos em 2024. Isso vem no mesmo momento em que a indústria automotiva já anunciou investimentos de mais de R$ 130 bilhões nos próximos anos. Na medida em que…
— Lula (@LulaOficial) June 26, 2024
“Eu vou te dar um exemplo, só para você saber, eu deixei a Presidência em dezembro de 2010, este país vendia 3 milhões e 800 mil automóveis, 3 milhões. Eu voltei em 2023, este país vendia 1 milhão e 800, metade do que vendia em 2010”, contou Lula ao colunista Leonardo Sakamoto.
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Do mesmo jeito que agora as vendas subiram porque aumentou o emprego e a renda da população, argumentou o presidente, nos anos anteriores, nos tempos de Temer e Bolsonaro, com o achatamento dos salários, as vendas desabaram.
“O povo parou de comprar”, lamentou Lula. “Esse mês você viu no jornal: recorde de venda de carro no mês de maio. Porque a indústria automobilística, que não estava investindo nada nas últimas duas décadas, depois que a China se instalou na Bahia, a ANFAVEA já anunciaram investimento de 129 bilhões de reais até 2028 e um pouquinho até 2030”, disse o presidente.
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Lula defendeu ainda que o setor invista em um Salão do Automóvel para aquecer as vendas dos carros populares. Para o presidente, os veículos precisam chegar ao consumidor com preços acessíveis. “Por que não barateia o preço do carro? O pobre não pode comprar um carro por 150 mil reais, mas um carro com 70, com 80, com 90, ele compra. Por que a gente não volta a fazer carro popular para o povo comprar?”, questionou.
Anfavea
De acordo com a Anfavea, entre janeiro e maio, as vendas de veículos novos bateram 929.669 unidades. Somando com a primeira quinzena de junho, os negócios ultrapassaram um milhão em vendas com o acréscimo de 70,3 mil unidades.
A soma corresponde a uma média de emplacamentos por dia útil de cerca de 10 mil unidades em junho. A média diária de maio foi de 9.250 unidades.
Da Redação, com InfoMoney