Desemprego cai para 5,6%, menor nível da série histórica

PNAD mostra recorde de pessoas com trabalho e alta da renda real; massa salarial chega a R$ 352,3 bi no trimestre até julho.
2025-09-16 14:39:00
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O Brasil registrou em julho a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica da PNAD Contínua, pesquisa realizada trimestralmente pelo IBGE desde 2012 para mapear o mercado de trabalho. O índice recuou para 5,6% no trimestre, acompanhando recordes de pessoas ocupadas, trabalhadores com carteira assinada e renda média dos brasileiros.

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O que os números mostram

A redução da desocupação ao menor índice da série é acompanhada por outros recordes: a população ocupada chegou a 102,4 milhões, novo teto histórico, enquanto a desempregada caiu para 6,1 milhões, uma redução de 14,2% no trimestre, ou cerca de 1 milhão de pessoas a menos. O nível de ocupação manteve-se em 58,8%, também no patamar mais elevado da série.

O emprego formal segue em alta: o número de empregados com carteira assinada no setor privado alcançou 39,1 milhões, outro pico inédito. O setor público e o trabalho por conta própria também registraram máximos, sinalizando ampliação de vagas formais e estabilidade da ocupação. O total de pessoas que trabalham por conta própria atingiu 25,9 milhões, o maior número já registrado.

O rendimento médio real dos trabalhadores foi outro destaque positivo: R$ 3.484, o maior já observado, e a massa de rendimentos habitual somou R$ 352,3 bilhões, o que tende a sustentar consumo e a demanda interna.

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Na comparação trimestral houve alta de ocupação em três grandes grupos: agricultura e pesca; informação, comunicação e atividades financeiras; e administração pública, educação e saúde. Em relação a julho de 2024, indústria, comércio, transporte e serviços também registraram crescimento no número de ocupados.

Além disso, a taxa composta de subutilização da força de trabalho caiu para 14,1%, refletindo menos desalentados e menos trabalhadores subocupados por insuficiência de horas.

Apesar dos ótimos números, a informalidade permanece elevada, atingindo 37,8% da população ocupada. Ainda que alto, o número mostra um recuo em relação aos 38% do trimestre anterior e aos 38,7% registrados no mesmo período de 2024. O total de trabalhadores informais subiu para 38,8 milhões, frente aos 38,5 milhões da última pesquisa. Segundo o IBGE, esse crescimento é marginal e sem impacto estatístico relevante.

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“O Brasil cresce com emprego, renda e dignidade”

Logo após o anúncio dos resultados da PNAD Contínua, diversos membros do governo se pronunciaram em suas redes sociais, comemorando os números históricos.

Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, lembrou que o país, hoje, tem “102 milhões de brasileiras e brasileiros ocupados”. 

Rui Costa, ministro da Casa Civil, também celebrou os recordes batidos, ressaltando que “o país vive um dos momentos mais positivos do mercado de trabalho em mais de uma década […] O Brasil cresce com emprego, renda e dignidade — essa é a pauta que interessa”.

O deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara, escreveu que os números da PNAD são “resultado direto das políticas de geração de emprego e renda do governo Lula”. 

Os brasileiros sentem a diferença

Mais pessoas ocupadas, mais carteiras assinadas e renda média em alta traduzem-se em maior capacidade de consumo, queda da insegurança econômica e melhoria no poder de compra. Para a população, a combinação de menor desemprego e renda real crescente é a mudança que faz diferença no dia a dia, do supermercado ao acesso ao crédito.

Os dados da PNAD Contínua de julho confirmam que o mercado de trabalho vem consolidando uma trajetória positiva. Agora é hora de consolidar esses ganhos com políticas que ampliem a formalização e valorizem os salários.

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Da Redação