Corte de árvores e morte de aves em São Sebastião do Paraíso

Setorial de Direitos Animais do PT-MG cobra providência do Poder Público para que o caso seja apurado.
2022-01-24 16:51:02
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Em São Sebastião do Paraíso, cidade do Sul de Minas Gerais, filhotes de garça que ainda não sabem voar morrem no chão com a supressão das árvores que abrigavam seus ninhos.

Cada árvore que cai leva junto a casa de inúmeros animais.

A extração destas árvores obedecendo unicamente a calendário e cálculos eleitorais é um crime contra os animais e o meio ambiente.

Setorial de Direitos Animais do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais (PT-MG) vem a público expressar seu repúdio e conclamar a sociedade e autoridades legislativas, judiciárias, ambientais e de defesa dos animais a se pronunciarem e tomarem as ações cabíveis contra ação realizada de supressão de árvores na orla da Lagoinha, centro da cidade de São Sebastião do Paraíso, Sul de Minas.

Foram suprimidas, por volta de 10 de janeiro de 2022, duas árvores que, além do seu valor intrínseco, davam suporte à reprodução de aves silvestres da região. Após a supressão da vegetação os filhotes foram abandonados no chão e deixados até o presente momento a agonizar de fome e desabrigo.

A ação da Prefeitura da cidade proporciona um verdadeiro massacre a esses filhotes, ignorando a estação de reprodução dos pássaros, provavelmente para mostrar que realiza obras em ano eleitoral. As alegadas justificativas para a supressão das árvores carecem de sustentação e deixam transparecer falta de rigor técnico sobre a decisão. Primeiramente a sujeira sob as arvores não será eliminadas mas simplesmente movida para outros locais onde as aves remanescentes fizerem seus novos ninhos.

Veja o vídeo abaixo:

Além disso, a justificativa de que a remoção das árvores deveria ocorrer para dar passagem a uma balsa foi refutada pelos fatos, já que a referida embarcação chegou desmontada e não necessitou tal passagem.

A solução proposta pela Prefeitura em relação aos filhotes das aves e seus ninhos, que seria a de realocá-los em árvores vizinhas, é uma resposta descompromissada, para não dizer cínica, equivocada, que provavelmente também não contou com pareceres técnicos.

É óbvio que uma operação de realocação de centenas de ninhos seria muito mais trabalhosa e inviável, tanto do ponto de vista operacional quanto de manejo biológico, do que uma solução logística alternativa para a passagem da referida balsa. Entretanto, mesmo tal medida não foi iniciada e a agonia dos animais a morrer de fome e desproteção espalhados pelo chão está sendo documentada e denunciada pelos munícipes.

É necessário que o poder público e a população cobrem a obediência às leis ambientais e de proteção aos animais. Ninguém pode estar de fora esse compromisso. Nossa sociedade jamais se tornará mais justa com os próprios seres humanos enquanto seguirmos desrespeitando a natureza e os animais. Por um mundo melhor, zelemos pela dignidade de todos e eliminemos toda a opressão de nossas práticas. Ao maltratar um animal, ser inocente e indefeso, é que plantamos as sementes da injustiça, da opressão e da crueldade.

Dignidade para todos já!

Setorial de Direitos Animais do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais (PT-MG)