Inconfidência Mineira, uma inspiração para justiça social e econômica
*Por Leninha
Hoje celebramos a Inconfidência Mineira. Preciso dizer que nunca gostei desse termo. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, o mais humilde entre os conspiradores, um dos maiores e mais genuínos heróis brasileiro, foi morto, decapitado, por liderar um movimento não meramente separatista, mas, sobretudo, de promoção da justiça social e econômica. Como precisamos de novos Tiradentes, homens que reconheçam a urgência de lutarmos por uma política econômica, especialmente, tributária que deixe de penalizar a quem a vida já é uma peleja continuamente.
Mas, hoje, de modo especial, eu, Leninha, deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores, a primeira parlamentar negra eleita pelo Norte de Minas Gerais, para a Assembleia de Minas, estou entre os agraciados pela honraria, estou orgulhosamente entre os 170 homenageados.
A recebo com carinho, com respeito e com muita responsabilidade, porque é uma oportunidade de reafirmar os meus compromissos com cada um e cada uma que é, cotidianamente, silenciado, silenciada, interrompido, interrompida! Hoje, o nosso lugar de fala é outro, é o de reconhecimento e por isso é tão simbólico recebê-la.
Que tenhamos a coragem e valentia do Alfares sem ter de sofrer com os nossos corpos as penas das nossas diferenças. Por Minas, pelos Gerais, pelas gentes, seguimos irmanados e esperançosos por um novo tempo de justiça e paz!
*Marilene Alves de Souza, Leninha, é deputada estadual, Presidente da Bancada Feminina da ALMG, vice-presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos.
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Este é um artigo de opinião. O posicionamento do autor não representa necessariamente as ideias do PT-MG