O governo Lula lançou nesta terça-feira (21/03/2023), em Brasília, um pacote de medidas em prol da igualdade racial no país. A data do anúncio tem um grande simbolismo, pois marca o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.
A promoção de direitos e políticas de igualdade racial no Brasil é uma marca dos governos do PT. A luta antirracista teve início em 2003 com a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Seppir.
Agora, com Lula presidente outra vez, foi criado Ministério da Igualdade Racial, comandado por Anielle Franco. Com isso, o governo já trabalha para garantir e ampliar os direitos da população negra no país.
Representatividade
Lula editou um decreto que determina que pelo menos 30% dos cargos e funções de confiança do governo federal sejam ocupados por negros. Esses postos são preenchidos por meio da livre nomeação. O percentual deverá ser atingido até o fim de 2025.
Quilombolas
Entre as medidas anunciadas pelo governo Lula está o programa Aquilomba Brasil. A iniciativa busca a promoção dos direitos da população quilombola nos eixos de acesso à terra, infraestrutura e qualidade de vida.
Também serão feitas ações para a inclusão produtiva e desenvolvimento local, e direitos e cidadania. A estimativa é de que cerca de 214 mil famílias e mais de 1 milhão de pessoas no Brasil sejam beneficiadas com o programa.
Lula também assinou a titulação de três territórios quilombolas: a comunidade de Brejo dos Crioulos (MG), a Lagoa dos Campinhos (SE), e a Serra da Guia (SE). Povos que aguardavam por quase duas década o reconhecimento de seus direitos.
Mais ações
O presidente também instalou um grupo de trabalho interministerial para a criação do novo Programa Nacional de Ações Afirmativas. O grupo vai estudar medidas para garantir o acesso e a permanência de estudantes negros nas universidades brasileiras. Além disso, serão analisadas propostas para reserva de vagas em órgãos do governo.
Um outro grupo de trabalho irá formular ações de combate à violência e ao racismo religioso que afligem povos e comunidades tradicionais de matriz africana e povos de terreiros. Além de membros do governo, integrantes da sociedade civil também vão participar dessa frente.
Juventude
Outros grupos de trabalho vão debater ações para a redução de homicídios e vulnerabilidades sociais para a juventude negra. A iniciativa é parte do novo Plano Juventude Negra (PJNV), que começou a ser elaborado no governo de Dilma Rousseff.
Com informações da Agência PT de Notícias.