O ex-governador Fernando Pimentel (PT) foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas (TRE/MG), no último dia 22 de março. Ele havia sido condenado em 2019, em primeira instância, por tráfico de influência e lavagem de dinheiro, no período em que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (2011/2014). O petista respondia o processo em liberdade. No novo julgamento, todos os seis votos foram a favor da absolvição do réu.
Com a decisão, a pena de 10 anos de prisão estabelecida a Pimentel no primeiro julgamento foi anulada. O próprio Ministério Público pedia a absolvição do ex-governador por falta de provas. “Hoje o TRE de MG fez justiça, como sempre deve ser. Fui absolvido, por unanimidade, no processo em que, em 2019, na 1ª instância, tinha sido condenado de forma absurda e inusitada.
:: Confira a entrevista de Pimentel à da Rádio Super FM
“E à minha família, aos amigos e amigas, companheiros e companheiras de luta que empenharam sua solidariedade e amizade nesses tempos difíceis. Com fé em Deus e serenidade, sempre mantive a esperança de que a Justiça triunfaria ao final. O dia chegou, a verdade se restabeleceu. Reafirmo, com humildade mas com firmeza, meu compromisso de vida inteira com a luta pela democracia, pelos direitos humanos, contra a discriminação e a desigualdade social. Saudações fraternas a todos e a todas”, completou Pimentel.
Operação Acrônimo
A investigação da Operação Acrônimo foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF). Depois, o caso ficou por conta do Ministério Público Eleitoral. De acordo com a acusação, Pimentel teria favorecido a empresa JHSF em um projeto de construção de um aeroporto na Grande São Paulo. Em troca, o petista receberia dinheiro para a campanha eleitoral de 2014, a qual foi candidato ao governo de Minas. Nada foi provado e os citados no caso foram absolvidos no mesmo processo.
Pimentel inocente
Nessa quarta-feira (30/03/2022), o ex-governador concedeu entrevista ao programa Café com Política, da Rádio Super FM, onde falou sobre os processos que respondeu. Ele destacou que já foi absolvido em 10 ocasiões e que, no caso da Operação Acrônimo, vai processar aqueles que o acusaram injustamente.