Agentes de segurança que participam do curso para ingresso no Comando de Operações Policiais Especiais (Cope), na Grande BH, durante o mês de janeiro, denunciam abusos durante os treinamentos. Eles relatam caos de agressões com cordas, varas de bambu, xingamentos e humilhações. Em fotos divulgadas pelos participantes, é possível ver ferimentos e hematomas.
O treinamento é voltado para policiais penais que querem atuar no batalhão especial, que trabalha com situação de perigo, como escolta de presos e rebeliões. O curso é ministrado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que já foi informada sobre o caso e anuncio que vai apurar as denúncias.
Segundo reportagem veiculada pelo site BHAZ, os agentes reclamam também das eliminações dos candidatos sem justificativa. De acordo com o Sindicato de Policiais Penais de Minas Gerais (Sindppen), 125 profissionais iniciaram o curso e apenas 19 foram mantidos no treinamento que busca preencher 40 vagas. Muitos candidatos teriam desistido por conta das situações humilhantes que teriam passado.
Coronavírus
Outro ponto levantado é que os alunos não foram submetidos a testes de Covid-19. E que os agentes que apresentavam sintomas gripais acabaram desligados do treinamento. Por conta do aumento de casos de contaminação no estado, o curso foi suspenso. O sindicato que representa a categoria informou que as denúncias serão levadas o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Bancada da ALMG
As denúncias também chegaram aos deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). “É algo absurdo. Isso não pode ser considerado um curso de formação. Não é esse o tratamento que deve ser dado aos nossos agentes de segurança. Temos muitos relatos de afastamento desses servidores por adoecimento psicológico. Então esses abusos não podem ser tolerados”, destaca o deputado estadual Cristiano Silveira, presidente do (PT-MG).
Segundo Cristiano Silveira, a bancada do PT na ALMG vai acompanhar o caso. “Vamos cobrar apuração rápida e rigorosa. Casos sejam comprovadas as denúncias, os responsáveis precisam ser penalizados para que essas situações não se repitam. Nós defendemos melhores salários e melhores condições de trabalho para os nossos agentes de segurança e vamos lutar por isso”.