Uma conquista histórica que coloca o Brasil novamente como referência mundial, a saída do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) pela segunda vez reflete o grande êxito do presidente Lula no compromisso com a retomada de todos os programas sociais desarticulados de 2016 a 2022.
Reconduzir o país a um patamar de dignidade é resultado de decisões que priorizaram a redução da pobreza, o apoio à agricultura familiar e o estímulo à geração de emprego e renda, entre outras iniciativas que formam uma grande rede de proteção social composta por diversas políticas públicas integradas e eficazes, que começaram a ser implantadas em 2003, no primeiro ano do primeiro mandato de Lula.
Agora, a saída do Brasil novamente do Mapa da Fome em apenas dois anos é a prova cabal de mais um grande êxito dos governos petistas. “Políticas públicas finalmente voltaram a ser foco de um governo”, comemorou Kiko Afonso, diretor-executivo da Ação Cidadania em entrevista ao jornalista Alan Severiano do site G1.
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Programas de transferência de renda como o Bolsa Família e outros de acesso à alimentação, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), tiveram papel estratégico, junto com ações estruturantes nas áreas de desenvolvimento regional, crédito rural, irrigação e apoio à agricultura familiar, paralelamente ao aumento real do salário mínimo, da massa salarial e queda recorde dos índices de desemprego.
Priorizar quem realmente importa
O presidente Lula reestruturou o Programa de Merenda Escolar, reconstruiu os estoques reguladores com a retomada dos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), integrou as Cozinhas Solidárias às iniciativas de combate à fome e priorizou o aumento do emprego e da renda, além de fortalecer os Arranjos Produtivos Locais (APLs) e efetuar importante “pente fino” no CadÚnico. As ações do governo resultaram em crescimento constante do PIB com distribuição de renda, sob a premissa de “colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”.
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“A saída do Brasil do Mapa da Fome em tempo recorde é resultado da escolha de priorizar quem realmente importa: o povo brasileiro. Essa conquista representa ação e reforça o compromisso do governo do Brasil com a transformação social”, postou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias em sua conta na rede social X.
🏆 A saída do Brasil do Mapa da Fome em tempo recorde é resultado da escolha de priorizar quem realmente importa: o povo brasileiro. Essa conquista representa ação e reforça o compromisso do governo do Brasil com a transformação social. pic.twitter.com/ITcpRZwpka
— MDS (@mdsgovbr) July 29, 2025
Herança maldita
O presidente Lula assumiu seu terceiro mandato em 2023 com a trágica estatística de 33 milhões de brasileiros em insegurança alimentar grave, herdada do desgoverno Bolsonaro. Mas a determinação e a experiência das gestões petistas fizeram a diferença, na opinião do ministro.
“Esse trabalho mostra que aprendemos lições importantes porque, no passado, levamos 11 anos para retirar o Brasil do Mapa da Fome”. A meta inicial era atingir o marco até 2026. “Cumprimos antes do previsto. Nosso objetivo agora é garantir alimentação digna a 100% dos brasileiros, além de fortalecer a segurança e a soberania alimentar”, ressaltou Wellington.
A retirada do Brasil do Mapa da Fome significa para o governo federal um novo ponto de partida, pois além de consolidar os avanços já alcançados o objetivo é seguir investindo na inclusão produtiva, qualificação dos sistemas alimentares e fortalecimento das redes locais de produção e distribuição de alimentos. Articulado com os ministérios e estados, o Plano Brasil Sem Fome é o eixo central dessa estratégia.
“Fila do osso” nunca mais
Em dezembro de 2022, o presidente Lula e sua equipe do governo de transição estruturavam o resgate dos programas sociais destroçados por Jair Bolsonaro e sua caterva – que fizeram o país voltar para o Mapa da Fome em 2021. Enquanto isso, os traidores da pátria armavam golpe de Estado e assassinato de autoridades.
Se tivessem logrado êxito, o país estaria afundando cada vez mais em fome e miséria pois foi exatamente o que fizeram de 2016 a 2022 ao destruir a rede de proteção social criada nos governos do PT, que levou o país a sair do Mapa da Fome pela primeira vez em 2014.
Nos anos Bolsonaro, o Auxílio Emergencial era pago sem qualquer critério ou condicionalidade. A população viveu anos de penúria que culminaram com cenas como a da “fila do osso” e de pessoas correndo atras de caminhão de lixo para obter algum alimento, como registrado em vídeo feito em um bairro nobre de Fortaleza (CE), resultado assombroso do total desmantelamento de programas da rede de proteção social criada nos governos do PT desde 2003.
Pesquisadora destaca retomada rápida dos programas
Em entrevista ao site G1, a pesquisadora do grupo de monitoramento da Rede Penssan, Ana Maria Segall, analisou como o governo anterior extinguiu ações e como elas foram prontamente recuperadas pelo governo Lula.
“Agora nós temos uma situação a comemorar, que é a saída do Brasil do Mapa da Fome de novo, em um tempo muito curto”, disse ela após apontar a destruição social promovida pelos governos anteriores com o aumento do desemprego, a falta de recuperação do salário mínimo e paralisação e até mesmo extinção de algumas políticas públicas.
Segall destacou a importância do governo do presidente Lula ter recuperado o Programa de Alimentação Escolar, que abrange mais de 40 milhões de crianças, e o Bolsa Família. “Durante o último governo, o Cadastro Único, por onde as pessoas entram e se cadastram para receber o benefício, ele tinha sido paralisado”, lamentou, ao apontar a recuperação rápida no governo Lula.
“Tudo o que havia havia sido praticamente eliminado rapidamente retornou, o que possibilitou então essa saída do Brasil do Mapa da Fome”, assinalou.
Diretor da FAO vem ao Brasil em 2026
Segundo dados do IBGE, até o final de 2023 o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave, de um total de 33 milhões deixados por Bolsonaro. A saída do Brasil do Mapa da Fome é resultado da média trienal 2022/2023/2024, que colocou o país abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição, índice utilizado como referência pela FAO.
O anúncio foi feito durante a Cúpula dos Sistemas Alimentares nesta segunda-feira (28), em Adis Abeba, capital da Etiópia, pelo diretor-geral da FAO, Qu Dongyu. O presidente Lula telefonou para ele e comemorou. “Para que a gente acabe com a fome e a pobreza, é preciso colocar o povo pobre no orçamento do país, no orçamento de estados e municípios. O dia em que os governantes fizerem isso, a gente vai resolver esse problema crônico da humanidade”, afirmou.
Dongyu visitará o Brasil em 2026 para conhecer experiências no combate à fome durante o Fórum CELAC, que reúne os países da América Latina e do Caribe. “Você mobiliza seus colegas e o seu povo para lutar contra a fome”, disse ele a Lula.
Da Redação com Secom e G1