*Por Lucas Cassab
Parece consenso que nas últimas décadas assistimos ao apresentado de um novo padrão na produção, difusão e circulação de conteúdos e ideias entre as pessoas. uma chamada era digital. Essa mudança faz com que seja necessário adaptando-se às profundas mudanças na velocidade e volume de novos conteúdos produzidos e disseminados com maior rapidez e cada vez tem-se mais acessos a conteúdos, o que em princípio poderia ser um tempo de conhecimento mais acessível aos trabalhador na prática se mostra como uma armadilha.
Não é possível desconhecer seus nefastos efeitos, a disseminação de mentiras disfarçadas como verdades, descontextualizadas histórica e socialmente, tais conteúdos se prestam a dominação e replicarem falsas noções úteis como formas de dominação. O apagamento da origem de seus produtores, os interesses que representam, a implicação da reprodução do capital e lucro das empresas e ou sujeitos e não regulação social desse segmento criado como condições para o incentivo de intensa dominação ideocultural dos trabalhadores, com destaque especial para os jovens.
Importante ressaltar que essa produção de conteúdo, em sua maioria, tem um custo financeiro elevado e utiliza-se de recursos tecnológicos complexos inacessíveis a aqueles fora do mercado. Além da produção, soma-se a dificuldade de distribuição, com algoritmos complexos e muito monetizados. Isso tem feito com que cada vez mais a desinformação seja mais forte, prova disso que uma pesquisa recente indicou que 67% dos jovens de 15 anos não sabem a diferença entre opinião e um fato.
Não há como ignorar essa mudança, como em seus primórdios a organização dos trabalhadores observados com a imprensa operaria e sindical é preciso hoje criar vias de que possam trazer a luz um outro olhar diverso e crítico a formas correntes que circulam na vida social. É responsabilidade do partido formular políticas que possam apoiar e incentivar ações nessa direção.
Iniciativas como essa poderiam ser apoiadas ou fomentadas através de editais específicos para esse fim. Esses editais eram direcionados para comunidades de baixa renda, ou seja, esses estúdios conseguiram que ter como sede esses locais, e além disso, tendo que praticar preços diferenciados em relação ao mercado, além de ser territorializado, com um mínimo, de acordo com a população, para cada região do país, não concentrando em apenas uma região.
Precisamos enquanto, como bem disse nossa presidente Gleisi, “defensora do programa do governo” pensar proposta de acordo com essa nova era, e que consigamos modificar a transformadora de forças na sociedade, dando mais vez e voz aos setores oprimidos.
*Lucas Cassab é secretário Estadual de Cultura do PT-MG
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Este é um artigo de opinião. O posicionamento do autor não representa necessariamente as ideias do PT-MG.