O presidente Lula lançou nesta quarta-feira (07/06/2023), no Recife (PE), o Novo Farmácia Popular. A principal novidade é que, a partir de agora, os beneficiários do Bolsa Família terão acesso a 40 medicamentos gratuitos. O programa também será ampliando para contemplar mais município em todas as regiões.
Iniciativa inédita que vai atender pessoas que tratam a diabetes, asma, hipertensão, osteoporose. A ação deve beneficiar 55 milhões de brasileiros e brasileiras com a distribuição de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Criado em 2004, no primeiro governo Lula, o Farmácia Popular é um dos instrumentos que garante o direito básico e universal do acesso à saúde, previsto na Constituição. Para o presidente, a medida beneficia principalmente as pessoas mais pobres.
Melhoria de vida
A coordenadora do Setorial Nacional de Saúde do PT, Eliane Cruz, comemora o retorno do programa e ressalta a melhoria na administração econômica das famílias com a gratuidade, já que terão mais dinheiro sobrando.
“Acesso a medicamentos é essencial para tratamentos de saúde eficazes, prevenção e promoção da qualidade de vida. O Programa Farmácia Popular, lançado há mais de 20 anos sempre contou com forte apoio da população brasileira. Afinal, pagar por remédios pesa no bolso das trabalhadoras e trabalhadores e o acesso gratuito colabora com a renda das famílias. Parabéns ao presidente Lula e ministra Nísia pelo retorno da Farmácia Popular”.
Abrangência
O programa também fornece medicamentos com descontos de até 90% para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, glaucoma e fraldas geriátricas. Ao todo, contempla o tratamento para 11 doenças.
A expectativa do governo federal é que, até o fim do ano, o Farmácia Popular passe a ter unidades em 5.207 municípios brasileiros, o equivalente a 93% do território nacional.
“Por isso, a volta do Farmácia Popular, e cada vez mais a gente vai colocando mais remédios, colocando coisas para dar a oportunidade das pessoas viverem mais, das pessoas poderem curar as suas doenças, porque hoje curar a doença é muito caro, qualquer remédio está muito caro, e uma pessoa aposentada, uma mulher aposentada, que recebe a sua pensão, um homem aposentado, aos 70 anos, 75, 80 anos, não pode gastar metade do seu salário com remédio. Ele tem que gastar com comida, e o Estado precisa garantir para ele remédio para ele poder sobreviver”, destacou Lula.
Novas farmácias
O programa terá novos credenciamentos após oito anos sem a abertura de novas unidades. A prioridade é para municípios de maior vulnerabilidade e que aderiram ao Programa Mais Médicos, também relançado pelo presidente Lula.
Pelo menos 811 cidades poderão solicitar o credenciamento de unidades em todas as regiões do país, sendo 94,4% delas no Norte e Nordeste.
Cuidar de pessoas
Lula também voltou a ressaltar que aplicar recursos na área social não é gasto, mas sim um investimento. “Os outros vão dizer que é gasto. Daqui a pouco eu vou ver na televisão: ‘Esse governo está gastando dinheiro com o pobre’. Eu não estou gastando, eu estou investindo dinheiro no pobre. Porque cuidar da saúde do povo é investimento”, frisou.
Mulheres e população indígena
Com Lula, o Farmácia Popular prioriza a saúde das mulheres com a distribuição gratuita de remédios para tratamento de osteoporose e receptor de contraceptivos. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 5 milhões de brasileiras serão beneficiadas.
A população indígena também será priorizada com mais acessibilidade às medicações. De acordo com o governo federal, um representante da comunidade será responsável pela retirada dos medicamentos necessários, sem necessidade de ter um CPF para ser atendido. Essa iniciativa entrará em prática em um projeto piloto no território Yanomami, em Roraima.
Impacto no tratamento das doenças
O programa Farmácia Popular impacta diretamente no tratamento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Estudos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), de 2017, comprovam que o programa ajuda a reduzir o número de internações e óbitos.
De acordo com os dados da pesquisa, entre 2006 e 2015, o índice de internações por diabetes caiu 13% e as hospitalizações por hipertensão tiveram redução de 23% em todo o país.
Entre 2011 e 2015, o total de mortes por complicações ao diabetes também caiu (8,23%). A queda na mortalidade nos estados da região Nordeste foi cinco vezes superior à média nacional.
Com informações da Agência PT de Notícias.